COMENTÁRIOS

Queridas mãe,

É sempre um prazer receber e compartilhar seus comentários à respeito dos post x suas experiências e dúvidas, todos sempre são publicados com muito orgulho, mas peço um enorme favor : NÃO MENCIONEM MEDICAÇÕES em seus comentários pois não poderei publicar. Não somos médicas e sim mães. Somente um médico pode receitar medicamentos e às vezes um remédio que é excelente para uma criança não faz efeito em outra podendo causar mais danos do que melhora.
Sei que posso contar com a compreensão e ajuda de vocês.

Obrigada por acreditarem nas minhas palavras e por compartilha-las.

Bj

Vivian Braunstein

PARA REFLETIR

Uma vez Fernanda Montenegro respondeu à Marília Gabriela que ser mãe é não dormir nunca mais. Concordo e acrescento: ser mãe é não parar de se preocupar nunca mais. Toda mãe é um pouco médica para cuidar, um pouco engenheira para construir com Lego, um pouco escritora para inventar histórias na hora de dormir, um pouco professora na hora de ensinar e muito mãe na hora de amar.







domingo, 14 de junho de 2009

Internet Parte 2 – Sites de Games para crianças pequenas

É inevitável. Hoje a maioria das casas tem um computador plugado na internet e as crianças cada vez mais cedo querem desvendar esse mundo mágico por traz da tela.


É mais ou menos o mesmo efeito que a televisão causou na minha geração (isso foi antes da Xuxa, Angélica, Mara e Eliana) onde só podíamos assistir a determinados programas como Vila Sésamo, os Trapalhões e alguns desenhos dos Estúdios Hanna-Barbera. Feliz de quem tinha TV à cores. Na maioria das casas o aparelho transmitia em preto e branco e todo mundo era feliz, inclusive quem não tinha TV e ia assistir na casa do vizinho.


Hoje, a televisão é um eletrodoméstico normal assim como a geladeira ou o micro-ondas, mas o computador é uma “novidade” que deixa as crianças fascinadas. Nele, elas podem assistir vídeos de seus desenhos favoritos a hora que desejam e podem jogar on-line.


Selecionei alguns sites que trazem games on-line interessantes, educativos e divertidos:

Nick Jr

Versão pré-escolar do canal Nickelodeon, o site americano traz jogos dos principais programas do canal (muitos deles passam no Brasil no Discovery Kids) : Backyardigans, Lazytown, Dora a Aventureira, Go Diego Go, As pistas de Blue, Wow Wow Wubbzy, Max & Ruby, são alguns deles.



É um site bem simples de navegar. Basta selecionar o programa e surgem as opções de games, música, e impressão de figuras para colorir. Existe o ícone de vídeo, mas nunca consegui acessar. Pode ser um problema na minha máquina (tipo versão de Flash) ou realmente este recurso não esteja disponível fora dos Estados Unidos.


Os jogos são diferentes para cada programa, mas respeitam os principais tipos de game desde vestir o personagem (que crianças com 4 anos adoram), até conseguir cumprir a missão; passando por provas de corrida e jogos de tabuleiro. Com imagem gráfica bem elaborada os jogos dos Backyardigans, da Dora e do Diego são os mais interessantes. Porém todos têm grau de dificuldade compatível com a faixa, nem muito “bobos” nem muito difíceis.

http://www.nick.com/common/bumpers/go.jhtml?isInHouse=false&wBumper=external&destination=http%3A//www.nickjr.com/

O Site Brasileiro é bem mais simples e tem menos opções de jogos.

http://mundonick.uol.com.br/nickjr/shows/?_requestid=410589


Discovery Kids

O site do canal preferido da garotada entre 2 e 5 anos também é recheado de jogos. Comandado pela mascote do canal, o cachorrinho Doki, as crianças podem brincar de quebra-cabeça, de encaixar formas e bichos, de encontrar letras e números e de karaokê. É um site fácil de navegar, mas é pesado, por isso se você não tem muita memória em sua máquina pode se tornar lento.
Com boa resolução gráfica, os jogos acompanham a proposta educativa do canal, por isso são bem fáceis e em sua maioria rápidos. Mais indicado para crianças de 3 a 4 anos.

http://www.discoverykidsbrasil.com/jogos/

Disney Channel


O site do canal traz poucas opções de jogos. O destaque fica para as fadas. Nova aposta da Cia. Disney, que busca repetir com elas o sucesso das princesas, ganharam uma página interativa especialmente delas, onde as crianças podem criar sua fadinha, escolhendo o poder, o tom da pele, a cor do cabelo, o tipo e cor dos olhos, a forma das asas, as roupas, os acessórios e a decoração da casa. Uma delícia para as meninas. Ao final podem salvar o avatar da fada e sua casa, que fica disponível para comentários. A criança pode comentar também a fada de outras crianças.

http://www.disney.com.br/fadas/

Quanto a outros jogos, o site oferece três opções sem grande complexidade ou elaboração. Não é um site muito fácil de navegar, mas também não é completamente impossível se divertir nele. O mais interessante fora as fadas, são os clips dos filmes da Cia.

http://www.disney.com.br/jogos/

Cartoon Network

O site é basicamente de games on-line. É claro que o destaque fica para o novo jogo do Ben 10. É um joguinho básico onde o avatar do personagem anda da esquerda para direita pegando moedas e matando alienígenas, nada que o Sonic não tenha feito no início da década de 90, mas é divertido. Quando entrei no site achei que encontraria jogos para crianças maiores, mas uma de 4 anos joga tranquilamente. Já o jogo do Star Wars (a nova aposta do canal) é uma versão atualizada dos arcades (aquelas máquinas de fliperama que consumiam toda nossa mesada) com resolução gráfica de altíssima definição. É difícil para uma criança pequena, mas bem divertido para os maiorzinhos.


Os outros jogos são dos personagens “a gente faz o que quer” do canal, ou seja, o que usa meleca de nariz para fugir do mal e assim vai. Nada que valha realmente a pena.

http://cn3.cartoonnetwork.com.br/

Sítio do Pica Pau Amarelo

O site do programa (que ainda passa na TV Futura – Net 32) traz alguns joguinhos bem fáceis e com resolução bem simples, mas é divertido ajudar a Emília a empurrar as canastras ou o Rabicó a selecionar o lixo reciclável. Para aqueles que já sabem ler e escrever dá para brincar de forca com o burro falante. Vale uma espiada.

http://www.globo.com/sitio

Provedores

Os provedores de internet costumam ter uma área de jogos para crianças. No UOL, os jogos são bem simples em temática e resolução. O destaque fica para vestir a Britney Spears, Como a moça anda meio caída não precisa nem dizer que é ela, pois as meninas vão achar que é a Barbie. O mais legal é a possibilidade de fazer sobreposição de peças, o que não vi em nenhum outro jogo do gênero. E só.

http://criancas.uol.com.br/jogos/

A área de jogos do IG foi uma grata surpresa. Organizado e repleto de opções. Devem ter mais de cem jogos, muitos deles bem simples e chatinhos de jogar, mas outros interessantes. Foi no site do provedor que encontrei os personagens do Cartoon que as crianças pequenas gostam com Scooby Doo, Tom e Jerry e Frajola que não estão em seu próprio site. Encontrei também jogos do Castelo Ra-Tim-Bum, do Mickey, do Bob Esponja e dos Padrinhos Mágicos. Não entrei em todos, mas achei alguns difíceis sem ler as regras (muitas em inglês) antes.

http://iguinho.ig.com.br/jogos.html

Espero ter colaborado com a diversão.

Bjs e boa sorte

Vivian Braunstein

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Doenças de Outono


O outono traz com ele além do frio algumas doenças muito comuns na infância. Isso porque o tempo fica mais seco, a poluição não se dispersa, as pessoas freqüentam lugares fechados e acabam tendo uma alimentação mais “pesada” o que pode causar queda na imunidade. Por estes motivos, as crianças, principalmente abaixo dos 5 anos ficam extremamente suscetíveis às chamadas doenças de outono.

A maioria delas é transmitida pela saliva através das gotículas que saem dos espirros e da tosse, por isso acontecem com mais freqüência em crianças que vão à escola onde estão em maior contato com outras crianças. As doenças mais comuns são as do aparelho respiratório, como resfriados, gripes, rinite, alergia e pneumonia.

O resfriado é uma doença leve das vias aéreas superiores (nariz e garganta) que nem sempre provoca febre, mas apresenta coriza e espirros, já a gripe ataca além do nariz e garganta, também os pulmões provocando febre alta, dores pelo corpo e na cabeça. Ambos são normalmente causados por vírus, são contagiosos e não tem medicação a não ser para os sintomas.

As rinites e alergias são reações do organismo à fumaça, poeira e poluição. Podem até provocar febre, mas os principais sintomas são irritação do nariz, boca e garganta. Neste caso também só há medicação para os sintomas, mas não são doenças contagiosas.

A pneumonia é uma doença grave, infecciosa e contagiosa causada por bactéria, vírus, fungos, parasitas ou aspiração (ex: refluxo que vai para o pulmão). Os sintomas são: tosse com secreção esverdeada ou marrom, dor no tórax, febre alta, falta de ar e calafrios. A melhor prevenção é a vacina dada de duas a quatro doses até o segundo ano de vida, mas se a criança contrair a doença, deve ser tratada com antibióticos.

Muito comum também são as otites e amigdalites. A otite é a denominação médica para infecção de ouvido. A mais comum é a Otite Média que acontece normalmente durante ou após infecções das vias respiratórias ou da garganta, quando o catarro em excesso segue para tuba auditiva. É causada por bactérias ou vírus podendo também acontecer se a criança tem o hábito de mamar deitada. Os sintomas são: dor intensa no ouvido, febre alta, diminuição da audição, falta de apetite podendo ou não ter secreção local. Um médico deve ser consultado sempre que surgirem os sintomas, pois o tratamento se dá através de antibiótico e as conseqüências de otites mal tratadas podem ser até a perda da audição.

A amigdalite é uma doença altamente contagiosa que pode ser causada por vírus ou bactéria. Caracteriza-se por dor de cabeça, de garganta e de ouvido, febre alta, dificuldade para engolir, calafrios, mudança de hálito, de paladar e de olfato, dores musculares, dor de barriga e vômitos. Quando é viral, só é possível tratar os sintomas, mas quando é bacteriana apresenta placas de pus na garganta e deve ser tratada com antibiótico pois se mal curada pode transformar-se em febre reumática.

Quando a bactéria da amigdalite libera uma toxina, “pinta” a pele da criança com manchas vermelhas e texturizadas (parece uma lixa), numa doença chamada escarlatina. Também é altamente contagiosa e deve ser tratada com antibiótico. A escarlatina é uma doença que se não for tratada pode virar nefrite ou febre reumática.

A profilaxia em qualquer um dos casos acima, principalmente quando a doença é causada por bactéria varia de acordo com a filosofia do médico. Já ouvi pediatras que recomendam doses menores de antibiótico que as do tratamento, para aqueles que não estão doentes, mas tiveram contato com crianças doentes, como conheço médicos que não concordam com esta prática.

Contudo a maioria deles recomenda evitar o contato com crianças doentes, lavar sempre as mãos, não compartilhar objetos pessoais, evitar aglomerações, beber bastante água, se alimentar bem, lavar o nariz (lembram dos 10ml de soro fisiológico ?) e evitar ambientes poluídos. Algumas recomendações são quase impossíveis da praticar ou seu filho não irá à escola durante todo o inverno, mas é importante conversar com ele para que não espirre e nem tussa no rosto dos amiguinhos e evite colocar a mão suja na boca.

As soluções “caseiras” para prevenir e aliviar os sintomas e que não atrapalham no tratamento é ingestão de vitamina C, presente em frutas cítricas e no tomate, (para dar efervescente só com consentimento do médico), lavar bem o nariz e fazer inalação com soro fisiológico. Uma bacia com água no quarto, na hora de dormir umedece o ambiente e evita o ressecamento das narinas.

Assim como sempre, não bobeie, se seu filho tiver febre (alta ou baixa) não importa. Leve ao médico !!!!!!!!! Mas de um se não confiar no diagnóstico, pois a maioria das vezes as crianças ficam doentes de madrugada ou nos finais de semana e nem sempre confiamos plenamente no plantonista do pronto socorro por mais competente que ele seja.

É de extrema importância diagnosticar e tratar essas doenças tanto para a garantir a saúde da criança infectada quanto das que tiveram contato com ela, e não esqueça de avisar a escola, para que outras mães fiquem prevenidas.

Ninguém tem culpa de ficar doente, por isso não procure culpados nem se justifique se seu filho adoecer, pois por mais zelosa que possa ser, as crianças, principalmente nos primeiros anos escolares pegam essas doenças mesmo.

Existem outras que acontecem com menor freqüência nesta época do ano, mas não citei porque a maioria delas tem vacina e quase não aparecem mais.

Bjs e boa sorte.

Vivian Braunstein

Sites consultados:

http://hospitalinfantilsaocamilo.com.br/noticias_008.html

http://doencas3302.blogspot.com/

http://www.vaniaassaly.com.br/artigos.asp?artigoID=26

http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3992&ReturnCatID=1765

http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4779&ReturnCatID=1787

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Vamos mudar a escola - parte 2


Não é novidade, minha posição sobre a maneira como as escolas de hoje transmitem conhecimento aos nossos filhos, mas depois de ver os resultados do ENEM de 2008, fiquei ainda mais preocupada com o futuro deles.

As médias das escolas particulares de São Paulo, em geral foram quase iguais às das escolas públicas. Nada contra estas instituições, mas é de conhecimento geral que, infelizmente as escolas públicas não têm mais a qualidade de ensino que tiveram no passado.

Quanto às particulares, pelo visto também não. Pouquíssimas escolas atingiram média acima de 70 pontos. Grata surpresa, a primeira colocada ser uma escola desconhecida (pelo menos para mim) com “pinta” de escola de bairro (sem pejorativos). E talvez, como comentou um amigo, seja esse o segredo de seu sucesso: em escolas menores é mais fácil trabalhar os alunos individualmente e não como mais um número.

Por curiosidade entrei no site e pelo que li, percebi que o sucesso está ligado exatamente à reinvenção do ensino. A pedagoga desenvolveu um método novo de alfabetização que garante este ensino às crianças do pré. O que isso quer dizer ?

Antigamente as crianças eram alfabetizadas no 1º ano com 7 anos de idade quando se encontravam em fase pré-silábica. Com a proliferação de escolinhas e o excesso de estímulos algumas crianças eram alfabetizadas mais cedo e chagavam ao primeiro ano sabendo ler e escrever enquanto as que não freqüentavam a escolinha entravam na escola ainda não alfabetizadas. Isso dava uma tremenda confusão, pois na mesma sala conviviam crianças que sabiam e que não sabiam ler e escrever.

Para acabar com essa confusão o MEC baixou a idade de ingresso para 6 anos (apesar de garantir que tomou essa atitude para aumentar o período escolar de 8 para 9 anos). Com isso algumas crianças estão aptas e outras não a serem alfabetizadas. Lembrando que não se trata de habilidades e competências, mas de etapas do desenvolvimento. Umas estão mais desenvolvidas do que outras e por isso absorvem mais rápido a alfabetização.

Segundo o site, com o método da pedagoga, todas as crianças conseguem ser alfabetizadas.
Pelo desempenho da escola no ENEM parece que funciona. Ou seja, uma pessoa que conhece o que faz e teve coragem de fazer. Parabéns !!!!!

São atitudes como essa que precisam acontecer mais nas escolas. Não dá para colocar todas as crianças de São Paulo em meia dúzia de escolas que tiveram bom desempenho.

Vivemos numa cidade enorme, precisamos de muitas escolas de qualidade. Repito aqui o que penso a respeito do ensino. Após os 7 anos, quando a criança já passou a fase crítica do desenvolvimento cognitivo e já consegue entender melhor conceitos abstratos, não existe mal aluno em relação a conhecimento adquirido e sim aulas mal dadas. Bons profissionais existem aos montes nas escolas, eles só precisam ser estimulados e reciclados.

É nosso dever como pais exigirmos das escolas que se preparem melhor e consequentemente preparem melhor nossas crianças para essa vida louca e competitiva onde se exige inglês fluente e MBA para cargos onde antigamente era preciso somente ensino médio. Se a base de formação educacional da maioria for fraca, qual será o futuro de nossos filhos?

Nunca é tarde para tentar. Se houver mais dialogo entre escola e pais, pode se chegar a um denominador comum que melhore a qualidade do ensino e consequentemente eleve as notas do ENEM.

Bjs e boa sorte

Vivian Braunstein

sábado, 23 de maio de 2009

Internet



Há algum tempo recebi o e-mail da Giovanna da Edelman, agência de comunicação da Symantec sobre uma pesquisa realizada pela “Norton Online Living Report - realizada em 12 países e que aborda, além de outros assuntos, o comportamento das crianças e jovens na Internet e o que os pais fazem para acompanhar suas vidas virtuais”. Achei a pesquisa interessante e me comprometi a falar sobre o assunto quando tivesse mais tempo para me aprofundar sobre o tema.

A internet vem chamando atenção de vários pesquisadores e profissionais de diversas áreas que atuam junto ao público infantil, inclusive dos pais por ser um elemento cotidiano para a criança moderna. Por isso é interessante entender como é este relacionamento.

A internet entra na vida da criança por volta dos 3 anos quando ela começa a interagir com os sites dos canais de desenho e com os sites de atividades on-line. Mais tarde, quando já tem idade para entender, começa a fazer pesquisas escolares, aprimorar-se nos joguinhos e a participar de redes sociais como Orkut, MySpace, Facebook, Twitter e outros, mesmo que estas redes só sejam permitidas para maiores de 18 anos.

Isso faz com que seja mais “antenada” rompendo as barreiras espaciais, ou seja, uma criança de Porto Alegre pode ser a melhor amiga virtual de uma de Manaus, sem problema nenhum. O uso da internet é um problema? Pelo que pesquisei, depende dos pais.

É comum que os pais acompanhem o que seus filhos fazem na rede enquanto são pequenos, mas vão “soltando as rédeas” à medida que crescem. Esse é um sinal de confiança extremamente saudável, mas e a intenção dos outros com quem seu filho se relaciona?

Vamos por partes então. O uso da Internet é ou não saudável:

Quando a criança é pequena – É saudável, desde que não seja exagerado, porque a criança só entra em sites em que os pais confiam. Os benefícios dos jogos on-line são o treino do raciocínio, da atenção e da coordenação motora. A exposição demasiada pode causar, no futuro, problemas de LER (lesão por esforço repetitivo) e cansaço nas vistas, porque muitas vezes esquecemos de piscar quando estamos muito concentrados.

Quando a criança é twin (pré-adolescente) – Depende. Essa é a idade das descobertas e do abandono da infância (particularmente acho mais difícil que a adolescência). Mesmo sendo moderadamente vigiados pelos pais são movidos pela curiosidade. É benéfico quando utilizam a rede para pesquisas escolares e para satisfazerem a curiosidade sobre conhecimentos gerais, mas ao mesmo tempo é perigoso porque muitos acabam se expondo demais nas comunidades virtuais.

Como estão em busca de afirmação, aceitam amigos que não conhecem, colocam fotos chamativas e falam sobre seus sentimentos, fornecendo todas as informações para pessoas mal intencionadas. A melhor forma de “vigiar” o que seu filho faz na rede é sendo amigo dele nas redes sociais em que participa, sem contundo constrange-lo. Lembre-se essa é a fase onde os amigos são o máximo e você vira o “mico”. Aqui também vale a observação sobre os problemas de exposição demasiada na frente do computador.

Adolescentes – Jovens usam a internet para fazer trabalhos escolares, mas principalmente para jogar e se comunicar, o que é bom. O problema nesta fase é que muitos jovens passam tempo demais na frente do computador, o que não é saudável, tanto do ponto de vista físico, como do ponto de vista psicológico. Fazer amigos virtuais é legal, mas se o jovem não sai de casa, não encontra outros jovens, não aprende a se relacionar a não ser através da internet, ou seja, protegido pelo escudo da invisibilidade, não aprende a lidar com as frustrações pertinentes a esta fase do crescimento. Na puberdade tudo é difícil, tudo é “over”, pois é a fase da ebulição dos hormônios e pode parecer mais fácil relacionar-se através da internet.

Existem coisas que todo indivíduo precisa passar e superar para adquirir maturidade e chegar à fase adulta bem resolvido. Ter problemas de relacionamento na juventude faz parte deste crescimento. Gostar de quem não gosta de você, dar um fora em alguém, brigar com o melhor amigo para depois fazer as pazes, hostilizar e ser hostilizado, ter espinhas no rosto, usar aparelho, não ganhar a roupa da marca, juntar mesada para comprar a roupa de marca que a mãe não comprou, são comportamento comuns da adolescência que devem ser experimentados ao vivo e não on-line.

Sou uma pessoa extremamente favorável às tecnologias, mas existem coisas que a internet nunca substituirá como ler um bom livro (de papel), assistir a um filme de comédia (no cinema) e conversar com amigos (na hora do recreio ou na porta da escola).

Assim como a televisão, a internet faz parte de nossas vidas. Sem sombra de dúvida é uma ferramenta poderosa e importante para a comunicação e conhecimento, mas o que não dá, é para deixar os filhos totalmente livres nessa selva cibernética sob o risco deles se perderem. Temos que aprender a acompanhar o que eles fazem na net e talvez assim seja um pouco mais fácil protege-los.

Caso tenha curiosidade em conhecer a pesquisa da Norton, acesse o link :

www.sabbre.com.br/nolr

Bjs e boa sorte

Vivian Braunstein

sábado, 16 de maio de 2009

Seu filho/ filha não come ou come demais ?

Segundo profissionais da área de pediatria e nutrição é comum crianças em fase pré-escolar não comerem muito. Isso porque é a etapa aonde elas crescem menos.

São vários os motivos que as levam a recusarem a comida. A principal é a ansiedade dos pais em fazer com que se alimentem e por isso oferecem comida demais ou inadequada, como doces e beliscos, principalmente fora de hora, fazendo pressão, chantagem, trocas, malabarismos. Tudo isso cria artifícios para que a criança use a alimentação para se firmar e manipular os pais. Quando se diz a ela “se você comer ganha um doce depois” ou “se você não comer vai para o castigo” ela passa a associar a comida a um premio ou uma punição e se você demonstrar o quanto fica aflita / aflito, aí é que seu filho / filha usará a negação para provar sua personalidade independente.

Outra razão comum para criança não comer é a questão do paladar, ou seja, talvez ela não goste do que você está oferecendo. À partir do segundo ano, quando teoricamente a criança já experimentou grande variedade de alimentos, ela passa a selecionar o que gosta ou não de comer. Por isso não adianta insistir no fígado se ela não quer, tente coração de galinha, que também é rico em ferro.

Por outro lado existem crianças que comem demais. Comem de maneira inadequada, ingerindo doces, refrigerantes e carboidratos em excesso. O Dr. Drauzio Varella afirma que até a gordura animal tem alto teor calórico. O que acontece é que se estas crianças tiverem predisposição genética para obesidade, além de mal alimentadas tenderão a serem crianças e adultos obesos.
Nos dois casos, as recomendações são as mesmas: evitar alimentos de baixo valor nutricional, praticar atividades físicas, diminuir o tempo à frente da TV e principalmente não fazer as refeições assistindo televisão. É preciso ter firmeza para mudar hábitos, principalmente nesta fase quando as crianças se afirmam contradizendo os pais.

Ainda segundo os profissionais, as crianças precisam fazer 6 refeições diárias sendo : café da manhã, lanche, almoço, lanche, jantar, lanche.

O café da manhã, assim como os lanches devem ser compostos por leite, com ou sem achocolatado, uma fruta e um cereal. No caso dos lanches o leite pode ser substituído por um laticínio como queijos brancos ou iogurte ou ter todos os elementos num único alimento como um bolo de fruta. O almoço e jantar devem ser “coloridos” compostos de legumes, verduras, cereais, proteínas e carboidratos.

Para suprir as necessidades de alimentares diárias é só seguir as recomendações abaixo :


Vitamina A - É muito importante para a visão e indispensável ao crescimento, pois aumenta a resistência do organismo contra as infecções e assegura a formação e a manutenção do esmalte dos dentes - Cenoura, verduras verde-escuras como couve, brócolis, agrião, frutas (melão, pêssego, mamão), leite, manteiga, gema de ovo.

Vitamina B B1, B2, B3, B4, B5, B6 - Estas vitaminas estimulam o apetite, favorecem a digestão e conservam a qualidade dos nervos, dos ossos e da pele - Levedo de cerveja, leite, queijo, ovos, arroz, verduras verde-escuras, fígado de galinha, fígado bovino, rim bovino, amêndoas, carne bovina.

Vitamina C - Ela repara os tecidos, ajuda na cicatrização de feridas, ajuda no crescimento do feto e no desenvolvimento de ossos e dentes. É um elemento nutritivo que o organismo não armazena; portanto, deve ser renovado diariamente - Repolho cru, tomate cru, melão, manga, laranja, mamão, morango, limão, acerola, kiwi, brócolis.

Vitamina D - É uma vitamina muito importante para assimilação do cálcio e fósforo. Sua falta provoca atrasos no crescimento, deformações ósseas e raquitismo - Fígado, peixe, ovos, leite, manteiga. É muito importante tomar banhos de sol pela manhã, pois o sol é fonte de vitamina D.

Vitamina E - Previne e dissolve os coágulos sangüíneos e atua no metabolismo muscular, aumentando a elasticidade das fibras musculares - Alface, cereais, nozes, amêndoas, fígado, óleos vegetais (amendoim, girassol e soja), ovos, feijão.

Vitamina K - É uma vitamina anti-hemorrágica e, por isto, é imprescindível para a coagulação do sangue - Alface, couve, espinafre, couve-flor, vegetais de folhas verdes, fígado de animais, soja.

Cálcio - O cálcio é vital para o bom funcionamento dos músculos, coração e nervos; é importante também na constituição de ossos e dentes; evita câimbras musculares e previne a descalcificação óssea - Leite, derivados lácteos, sardinhas, semente de gergelim, vegetais verdes escuros (couve, brócolis, agrião), gema de ovo, soja, passas.

Ferro - É indispensável para a formação da hemoglobina (pigmento dos glóbulos vermelhos que fixa e transporta oxigênio) e essencial para a função respiratória. Sua absorção pelo organismo é mais eficaz quando o alimento ou suplemento contendo ferro for ingerido junto com a vitamina C - Fígado, coração, e rins de animais, gema de ovo, vegetais de folhas verdes, feijão, lentilha, carne magra de boi, batata, alcachofra, cereais integrais.

Fósforo - Junto com o cálcio, proporciona rigidez aos ossos e dentes - leite, queijo, peixe, fígado bovino, legumes, chocolate, pão, arroz, cereais integrais, amêndoas, nozes, soja.

Sódio - O sódio e o cloro, combinados, regulam a retenção de líquidos do corpo. No entanto, o cloro e o sódio, sob a forma de sal de cozinha (cloreto de sódio), devem ser usados com cautela. Grandes quantidades de sal não são recomendáveis, pois isto produzirá retenção muito grande de líquidos, que provocam inchaço e pressão alta - sal.

Iodo - Indispensável no funcionamento da glândula tireóide - peixes marinhos, ostras, ovos, frutos do mar, sal enriquecido (iodado).

Fonte : adaptação do site crescer bem - http://www.crescerbem.com.br/

Sem esquecer que bolachas recheadas, doces, chocolates e refrigerantes devem ser consumidos com bastante moderação.

Bjs e boa sorte

Vivian Braunstein

sábado, 9 de maio de 2009

Vamos mudar a escola?

Toda vez que encontro com outras mães o assunto sempre gira em torno da criação dos filhos. Acho que isso acontece pela eterna preocupação em criá-los da melhor forma possível e surge aquela necessidade básica de se certificar de que estamos fazendo tudo certo, ou seja, igual a outras mães.

Ultimamente o assunto “escola” tem tomado boa parte das conversas, talvez até porque, hoje seja o local aonde as crianças podem exercer a infância. Ouvi de uma amiga que como não dá mais para brincar na rua, é na escola que a criança aprende a se sociabilizar. Concordo plenamente.

Assim como a sociedade, as famílias e as relações mudaram e o papel da escola também mudou. Hoje ela assume uma importância muito maior na vida das crianças do que na nossa época. Ninguém mais vai pra lá somente aprender a ler e escrever, para fazer contas e para saber que São Paulo é cidade e também estado e que o Brasil é o país aonde vive.

A criança hoje forma sua personalidade a partir das vivências escolares. Não que antes não fosse assim, mas atualmente a escola está no centro da vida infantil, por isso precisa acompanhar as mudanças.

Esta semana passei uma hora conversando com a diretora da escola do meu filho sobre isso. Fui falar de outros assuntos, mas como este veio à tona, vou repetir aqui minha opinião.

A função do adulto é conduzir a criança a um desenvolvimento sadio. Infelizmente muitas mães trabalham fora e delegam esta tarefa à escola, por isso cabe a ela acompanhar e estimular a fantasia infantil e desenvolver a criatividade da criança. Sugeri a diretora que introduzisse temas mais próximos delas como mote para despertar a curiosidade para assuntos dos projetos de sala de aula.

Usei como exemplo a fala de uma mãe no documentário Criança a alma do negócio da Estela Renner (muito bom por sinal e disponível no Youtube). Ela comentou que não gostava que a filha brincasse com a boneca Pocahontas, porque ela sempre seria a Pocahontas, enquanto uma boneca “comum” poderia ser a mãe, a filha, a professora, a médica, etc... Tudo bem, mas não podemos aproveitar que ela é a Pocahontas e introduzirmos lições sobre os índios, mostrando as diferenças entre índios americanos e brasileiros e como cada um vive. Vejam quantos assuntos podem ser explorados a partir da boneca de um personagem. E tudo pode ser feito de forma lúdica, através das brincadeiras.

Outro tema que acho importante e fundamental no auxílio do desenvolvimento é o Sítio do Pica-pau-amarelo. A obra de Monteiro Lobato permanece atual quando enfoca os arquétipos nos quais a criança se projeta: a menina doce e delicada, quase uma princesa; o menino corajoso, quase um herói; a boneca desbocada, alterego das crianças, astuta e egocêntrica; o boneco de milho, sábio e inteligente; o porquinho guloso e desengonçado; a avó querida, um adulto cúmplice das “aprontações” infantis; uma bá, que mima com bolinhos de chuva e o principal: muita magia e imaginação.

A maioria das escolas só utiliza Monteiro Lobato no ensino fundamental através da literatura, mas porque não usa-lo na pré-escola?

As pedagogas em geral reclamam que hoje tudo vem muito pronto, e que a criança não tem mais espaço para trabalhar a criatividade. Porque não fazer um boneco de milho e a partir daí desenvolvem sobre o tema e sobre os assuntos relacionados (feijão, vagem, comida saudável)?

Existem histórias infantis recheadas de ganchos para introduzir o conhecimento, basta agora que os pedagogos abram um pouco a mente e transformem a escola no gostoso quintal igual ao que Janice Burgess tão sabiamente criou para seus famosos Backyardigans.

Bjs e boa sorte.

Vivian Braunstein

sábado, 2 de maio de 2009

Heróis

Em fase final de MBA só consigo pensar no meu trabalho de conclusão que associa personagens famosos às crianças. Por isso vou falar um pouco sobre a relação das crianças de 3 a 6 anos com os personagens de animação.

É nesta fase que elas dão adeus aos Discovery Kids e descobrem o Cartoon Netework e o Disney Channel. E não adianta boicotar porque os amiguinhos / amiguinhas da escola também assistem. E atire a primeira pedra quem ainda não comprou um omnitrix para seu filho ou um kit princesa para sua filha.

Se seu filho / filha não quer mais saber do Barney e do Cocoricó e você está dando graças a Deus por não ter mais que escutar aquelas musicas cantadas por adultos que imitam crianças, prepare-se porque ao invés de contar o que fazem durante o dia, o que você vai começar a ouvir é como os Backyardigans, o Homem Aranha e a Cinderela fizeram ou não determinada coisa. Só mudam os personagens, mas a insistência é a mesma. Estamos crescendo junto com nossos filhos e vivenciando junto com eles as fases da infância.

É o auge da magia e da fantasia. Aproveite, pois segundo especialistas, atualmente esta é a última etapa da infância. Com 8-9 anos as crianças já não querem mais brincar e começam a entrar em outra etapa. A dos ídolos de filmes juvenis. Foi-se o tempo que criança brincava até os 12-13 anos. Agora na pré-adolescência querem participar de comunidades da NET e jogar videogame. Os ídolos passam por suas vidas com a velocidade de um supersônico. Minha sobrinha de 12 anos que o diga. Em pouco mais de um ano foram High School Musical, Hanna Montana e agora o fenômeno infanto-juvenil Crepúsculo.

Na nossa vez serão outros com certeza, pois esta é a época das alterações hormonais e também da inconstância.

Voltando aos pequenos, mais uma vez paciência. Você sobreviveu ao Cocoricó por isso sobreviverá aos heróis e princesas como também sobreviverá aos vampiros e monstros do Crepúsculo. Amamos nossos pequenos e queremos que eles sejam felizes.

A fantasia faz parte das etapas do crescimento, e aqueles que são contra o consumo exagerado e às influências da TV, e fazem oposição sistemática a eles, cuidado! Quando colocamos nossos filhos na sociedade eles sentem necessidade de pertencer, e vão imitar o comportamento daqueles que admiram. Não é melhor você ficar ao lado dele / dela participando de sua vida e orientando pelo melhor caminho ao invés de afastar-se dele / dela? Porque é isso que irá acontecer se você achar que não deve comprar a fantasia do Batman ou da Bela, enquanto todos na escola têm.

Temos que entender que somos uma geração privilegiada por ter acesso fácil à informação, por isso seja mãe e/ou pai, mas também seja companheiro de seu filho / filha. Não estou dizendo para ir com ele/ ela para balada, mas sim aproximar-se dele / dela a fim de encontrar seus ouvidos bem abertos quando chegar a hora das orientações e proibições mais difíceis na adolescência.

Por isso vamos lutar contra o Lex Luthor e o Coringa e tomar chá com a Branca de Neve e com a Yasmin, felizes por estarmos participando de um momento importante da vida de nossos filhos.

Quando meu filho não contava nada do que fazia na escola, para ao invés disso, me contar como o Superman salvou a Lois num avião desgovernado ou como o Pedrinho pegou o Saci, eu ficava chateada. Agora entendo que ele me conta o que é importante para ele. Ele quer contar aquilo que realmente interessa. O que faz parte de seu universo e o deixa feliz.

Este processo pode ser mais intenso em algumas crianças do que em outras, mas de qualquer forma ele existe, por isso aproveite e brinque!!!!!!!!!!
Bjs e boa diversão
Vivian Braunstein