COMENTÁRIOS

Queridas mãe,

É sempre um prazer receber e compartilhar seus comentários à respeito dos post x suas experiências e dúvidas, todos sempre são publicados com muito orgulho, mas peço um enorme favor : NÃO MENCIONEM MEDICAÇÕES em seus comentários pois não poderei publicar. Não somos médicas e sim mães. Somente um médico pode receitar medicamentos e às vezes um remédio que é excelente para uma criança não faz efeito em outra podendo causar mais danos do que melhora.
Sei que posso contar com a compreensão e ajuda de vocês.

Obrigada por acreditarem nas minhas palavras e por compartilha-las.

Bj

Vivian Braunstein

PARA REFLETIR

Uma vez Fernanda Montenegro respondeu à Marília Gabriela que ser mãe é não dormir nunca mais. Concordo e acrescento: ser mãe é não parar de se preocupar nunca mais. Toda mãe é um pouco médica para cuidar, um pouco engenheira para construir com Lego, um pouco escritora para inventar histórias na hora de dormir, um pouco professora na hora de ensinar e muito mãe na hora de amar.







terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Alice não mora mais aqui – Minecraft tomou o seu lugar


fonte : 
 
Ultimamente tenho me deparado com a mesma queixa das mães (principalmente de meninos, mas não só deles) sobre crianças de7 a 10 anos, vivendo num mundo acelerado de ipads, tablets, PS4 e Xbox One. Com isso, me vem à cabeça a história de Alice no país das Maravilhas.
Vocês devem estar se perguntando o que Alice tem a ver com Minecraft, Dragon City ou Clash of Clans. Tem a ver com afirmação e negação e com encontrar seu lugar num mundo que nem sempre faz sentido. Principalmente para uma criança saída do mundo da fantasia para enfrentar o mundo real. Os jogos eletrônicos criam mundos imaginários aonde tudo é possível. Você pode minerar, chocar um ovo de dragão, batalhar contra outros povos. É o prolongamento amadurecido das histórias de heróis e princesas, que agora nossos filhos têm certeza que não existem.

É uma forma de continuar criança ou o ingresso para o mundo adulto ?
Alguns psicólogos afirmam que os games podem trabalhar a timidez e o auto aprendizado, desenvolvendo raciocínio lógico e ampliando a linguagem, já outros afirmam que os games podem incitar a violência, o comportamento antissocial e queda no rendimento escolar. Depende. Depende da criança e do ambiente em que está inserida.

De novo o que Alice tem a ver com isso ? Vamos relembrar a história (idéia genial, mas muito mal contada por sinal) : Alice segue um coelho de colete com um relógio na mão, cai num buraco, fica pequena e grande uma porção de vezes, não tem mais certeza de quem é, embaralha os poemas que aprendeu na escola e não acerta mais os resultados da multiplicação;  conhece um monte de bichos falantes malucos e acaba na mão da autoritária Rainha de Copas, que manda cortar as cabeças de todo mundo, mas nunca cumpre as sentenças.
O que acontece com as crianças dessa faixa etária ? Estão crescendo !!!!!! Seu corpo mudando e perdendo todas as roupas !!! Assim como Alice, perdem as referências seguras da primeira infância, lidam com  adultos que exigem compreensões que muitas vezes elas ainda não tem e ouvem de seus pais, agora tidos como autoritários, que elas tem que aprender a se virar sozinhas, afinal "mãe não é para sempre" !!!!!!

E os games ? Ah, os games são o porto seguro, o local aonde eles tem o controle, sem adultos por perto para mandar. Eles não aceitam responsabilidades ?  Muito pelo contrário. Precisam alimentar e cuidar de dragões, buscar minérios para construir ferramentas para caçar (se não sua Skin morre de fome), construir abrigos, defender seu território. São responsáveis e organizados.
Como trazer para fora dos tablets essa responsabilidade, agora parece ser o maior desafio dos pais. É preciso mostrar às crianças que elas podem assumir responsabilidades também na vida real e isso pode ser tão legal quanto Minecraft ou Clash of Clans.

Alice aprendeu sua lição, espero que nossos filhos também aprendam antes de “perderem suas cabeças”.

Bjs e Boa Sorte

Vivian Braunstein
Consulta :



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Comentário sobre adenóide - Depoimento de uma mãe

Olá, a todos.

Não tenho mais conseguido responder aos comentários de vocês pelo blog. O Google fez algumas mudanças na segurança o que me deixou de fora do meu próprio blog. Tudo bem, criei um email para responder àqueles que desejarem : ser.crianca.e.ser.feliz@gmail .com

Uma das muitas mães pré-preocupadas com a cirurgia de adenóide do filho, me deu o retorno pós cirurgico e gostaria de compartilhar sua experiência :

"OI VIVIANNN

nao consegui postar no blog.. queria deixar esse depoimento lá .. :

maes... nao se preocupem, hj tem uma semana q meu filho de cinco anos fez a cirurgia de adenoide, eu tava quase morrendo de preocupação antes da cirugia, é amor demais o amor de mãe. mais nao desistem, a cirurgia so traz beneficios, nunca tinha visto meu filho dormir tao bem, foi a melhor decisao que tomei, tinha ate começado a fazer uma tratamento com homopatia, qdo vi que iria ser muito demorado optei pela cirg. mesmo. é uma cirurgia rapida, a criança nao sente nada e no mesmo dia ja esta em casa. a anestia geral q me assustava tanto antes, hj em dia existem exames pra nos certificar que vai dar tudo certo. portanto confiem em Deus primeiramente e depois tenham seus pensamentos positivos que tudo vai dar certo. um abraço de uma mae que quer ajudar.."

Espero que ajude a acalmá-los.

Bjs e boa sorte.

Vivian

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Resposta para Tolstoy

Como não consigo postar mais comentários segue sua resposta sobre a recuperação da cirurgia de Adenóide:

A criança vai para o centro de recuperação e acorda umas 2 vezes chorando. Normalmente os médicos deixam um dos pais ficarem com a criança para acalmá-la. Meu filho só chorou uma vez e ficou no meu colo o tempo todo. Demorou mais do que 40 min para acordar e o anestesista não saiu de perto enquanto não teve certeza de que ele estava bem. Desejo muita sorte e sucesso na cirurgia. Bjs Vivian

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Elogie do jeito certo





Imagem :http://www.sxc.hu/profile/bian0821




Recebi este "viral" por email e achei interessante compartilhar. É do psicólogo, professor de matemática e mestre em educação Marcos Meier, especialista na teoria da Modificabilidade Estrutural Cognitiva de Reuven Feuerstein, em Israel. Também conhecida como teoria da Mediação da Aprendizagem. Vamos refletir :

"Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.
O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” ... e outros elogios à capacidade de cada criança.
O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” ... e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.
Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.
As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.
A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.
No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.
Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético”, “filha, fiquei orgulhosa de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído
como algumas colegas fizeram... você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu video game foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.
Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em
atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.
Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, poiscresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.
Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa."


Bjs e boa sorte


Vivian Braunstein

domingo, 8 de agosto de 2010

Feliz dia dos pais

O psicanalista infantil Antonie Alaméda diz que a maior contribuição dos pais, hoje muito presentes na educação dos filhos, é criar crianças soltas e destemidas o que as prepara melhor para vida. Se mãe é médica, professora e conselheira, pai é companheiro, mestre e amigo. Feliz dia dos pais a todos !!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Adenóide, Sinusite, otite e outras ites - como previnir o desconforto com uma solução simples

Imagem: http://christianrocha.files.wordpress.com/2008/10/jala_neti.jpg

Há um ano meu filho operou da adenóide e eu fiz um post sobre o assunto. O retorno, através dos comentários de mães e pais desesperados como eu na época, me mostraram como é importante compartilhar as experiências. Sempre ressalto que existem linhas diferentes adotadas pelos médicos e nós, pais leigos, ficamos muitas vezes perdidos. Brinco que mãe (e muitas vezes o pai também) faz faculdade de medicina na prática, mas brincadeiras à parte, tenho uma receitinha simples (mas nada fácil) para evitar o excesso de catarro na região da face.

Isso não vai curar a adenóide, mas vai diminuir o desconforto dos sintomas, causdo por acúmulo de catarro na região do nariz, o que causa sinusite, otite, e outras ites. Foi a pediatra do meu filho que ensinou e uma amiga dentista confirmou numa palestra que assistiu com uma bam bam bam da sua área.

A técnica consiste em lavar o nariz com soro fisiológico, produto barato, comprado em qualquer farmácia. Podem ser aqueles sachês de 10ml ou o frasquinho menor. A pediatra disse que o soro, depois de aberto, pode ficar uma semana fora da geladeira à temperatura ambiente, mas alguns profissionais discordam, por isso é melhor usar as embalagens individuais.

Basta pegar uma seringa grande esterilizada e sem agulha (pode ser a de antibiótico que tem bico largo), encher de soro fisiológico à temperatura ambiente (10 ml) e jogar o líquido dentro da narina da criança. Repetir do outro lado.

Falando assim parece fácil, mas normalmente é preciso duas pessoas para fazer : uma para segurar e outra para aplicar. A criança se debate, chora, vomita, parece que vais se afogar, mas o próprio organismo impede o afogamento. É desconfortável, mas limpa as narinas e a face. Nas primeiras aplicações, dependendo de quanto a criança está congestionada, pode ser duro colocar o líquido para dentro, mas conforme as narinas vão ficando limpas o soro entra mais fácil.

É legal cobrir a criança com uma toalha ou pano, pois quando o soro entra por um lado "jorra" catarro do outro. Faço uma a duas vezes por dia durante uma semana e meu filho melhora. Sempre fiz com ele deitado, mas esta minha amiga disse para fazer em pé com a cabeça ligeiramente inclinada para frente. Acho esta posição difícil, mas fica a critério de cada um. Como complemento, também recomendo sempre um tratamento paralelo com homeopatia, inalação com soro fisiológico e consumo de muita água.

Ficam aí as dicas para aliviar um pouco o sofrimento da criança em momento de crise. No mais continuo a disposição para compartilhar o que aprendi (na raça).

Bjs e boa sorte

Vivian Braunstein
Link interessante : http://www.nasalpote.com.br

terça-feira, 8 de junho de 2010

Educação Infantil : Construtivismo x escola tradicional

Hoje a educação dos filhos é uma das maiores preocupações dos pais. Isso porque vivemos num mundo globalizado e a busca por “um lugar ao sol” se tornou cada vez mais difícil na vida adulta. Muitas empresas fazendo a mesma coisa, muitos candidatos para cada vaga e os marketeiros de plantão “berrando aos quatro cantos” que só se sobressai quem inova.

É claro que a maioria dos pais busca o melhor para seus filhos a partir de suas próprias vivências e dificuldades, sendo muito comum ouvir frases do tipo : “Meu filho vai estudar no exterior” ou “Minha filha vai estudar na USP”, mas antes de pensar na faculdade é preciso pensar na educação infantil.

Na maioria das vezes somos mal informados quanto aos métodos de ensino e escolhemos a escola de nossos filhos usando critérios incompletos.

Já falei sobre a importância de escolher uma escola que seja compatível com as expectativas dos pais quanto à valores, tipo de disciplinamento e sociabilização. Mas acho importante pensarmos também nos métodos de ensino, porque é a partir deles que a criança tomará, ou não, gosto pelos estudos. Não existe método melhor ou pior e sim aquele que se adapta mais à personalidade da criança.

Crianças inquietas e questionadoras ficarão estimuladas pelo método construtivista, enquanto crianças metódicas e disciplinadas absorvem melhor a informação da forma tradicional.

O método tradicional foi usado durante muitos anos pela maioria das escolas onde nós (pais) estudamos e consiste na passagem da informação pelo professor para os alunos numa via de mão única. O aluno senta na classe e assiste à aula. Aprende quem tem maior capacidade de memorização e quem repassa a matéria depois. Não existe questionamento nem busca pela informação. A lição é um reforço do condicionamento dado em sala de aula.

No método construtivista o professor é um mediador entre os alunos e a informação. À partir de situações cotidianas, da natureza ou fantasiosas (história de um livro ou desenho animado) as crianças buscam informações sobre o conhecimento e tiram suas próprias conclusões (normalmente assertiva). As crianças questionadoras em busca de maior autonomia se sobressaem neste método e a lição de casa é uma pesquisa que auxilia no encontro das respostas.

Entender o método da escola é muito importante não só na hora do ingresso, mas também na hora da alfabetização. Numa escola tradicional, provavelmente seu filho sairá escrevendo primeiro (se estiver neurologicamente preparado para isso) pois irá “decorar” as sílabas, já na construtivista irá errar muito antes de aprender por si próprio como as sílabas se compõe.

Meu filho não se daria bem numa escola tradicional, por ser uma pessoa que precisa “passar por isso” para aprender, mas conheço crianças que estariam mais felizes numa situação aonde um adulto provém as informações.

Se o seu filho é como o meu, amará ir a uma escola construtivista que ensina através do questionamento, mas se é ávido por informações e não tem vontade de buscá-las deve ir a uma escola tradicional. A educação correta na primeira infância delimitará o futuro sucesso profissional do indivíduo. Este deve ser um processo natural de evolução e não uma “tortura”.

Observe seu filho, converse com ele e com a professora. Escute experiências de outras mães. Busque uma escola aonde sua criança dê o melhor de si. Quando a educação vai bem, consequentemente o resto também vai. Ouço várias mães reclamarem que seus filhos não querem ir para escola. Talvez não estejam se enquadrando no método de ensino, ficam frustrados e descontam essa frustração no meio (professores, colegas, pais).

Educar é preparar para vida, e preparar para vida envolve escolhas baseadas na percepção das características e necessidades dos filhos. (E ninguém disse que seria fácil !!!!!!!!!!)

Bjs e boa sorte.

Vivian Braunstein

Fontes:

http://www.crmariocovas.sp.gov.br/dea_a.php?t=011

http://vilamulher.terra.com.br/construtivismo-metodo-que-estimula-o-senso-critico-8-1-55-218.html

SAYÃO, Rosely. Conquista que vai do berço à adolescência. Jornal Folha de São Paulo, 04 de março de 2004, caderno Folha Equilíbrio.

RAPPAPORT, Clara Regina et al. Psicologia do Desenvolvimento - Teorias do desenvolvimento. Volume 1 a 4. São Paulo : E.P.U, 1981.