COMENTÁRIOS

Queridas mãe,

É sempre um prazer receber e compartilhar seus comentários à respeito dos post x suas experiências e dúvidas, todos sempre são publicados com muito orgulho, mas peço um enorme favor : NÃO MENCIONEM MEDICAÇÕES em seus comentários pois não poderei publicar. Não somos médicas e sim mães. Somente um médico pode receitar medicamentos e às vezes um remédio que é excelente para uma criança não faz efeito em outra podendo causar mais danos do que melhora.
Sei que posso contar com a compreensão e ajuda de vocês.

Obrigada por acreditarem nas minhas palavras e por compartilha-las.

Bj

Vivian Braunstein

PARA REFLETIR

Uma vez Fernanda Montenegro respondeu à Marília Gabriela que ser mãe é não dormir nunca mais. Concordo e acrescento: ser mãe é não parar de se preocupar nunca mais. Toda mãe é um pouco médica para cuidar, um pouco engenheira para construir com Lego, um pouco escritora para inventar histórias na hora de dormir, um pouco professora na hora de ensinar e muito mãe na hora de amar.







sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Quando os pais se separam

Ao ter um filho, o casal deve estar consciente de que uma criança (que não pediu para vir ao mundo) precisa de amor, proteção, educação e regras para crescer saudável e tornar-se um adulto equilibrado.

Hoje é cada vez mais comum a participação do pai na criação dos filhos e está cada vez mais claro que um ambiente familiar estruturado promove crianças psicologicamente saudáveis. Na teoria tudo é lindo, mas na prática nem sempre as coisas funcionam desta forma.

Com a evolução da sociedade e as conquistas femininas, a mulher adquiriu independência financeira e perdeu o medo de separar-se quando o casamento não está mais dando certo; o que traz uma nova realidade familiar : A de uma criança com duas casas.

Escutei recentemente de um pai, que na maioria dos casos de divorcio, o homem casa-se novamente e tem outros filhos constituindo nova família. Então, como proceder para que este processo não crie problemas emocionais futuros ?

Primeiro é preciso entender o que acontece na cabeça da criança quando ocorre a separação : Antes dos 6/7 anos ela é egocêntrica e acredita ser sua a culpa do fracasso do relacionamento dos pais. Se estiver na fase edipiana, piorou, pois vê seus desejos se tornarem realidade. Muitas vezes ela regride nas conquistas da autonomia, torna-se agressiva ou introspectiva, “pegando as dores” do cônjuge que parece ter sido abandonado (principalmente se o outro casar-se logo).

É necessário muito cuidado para ajudá-la a superar a ruptura de uma relação parental. Primeiro, é preciso ter em mente que o casal deixou de ser marido e esposa, mas jamais deixará de ser pai e mãe e a criança deve ficar sempre de fora das negociações e brigas judiciais, afinal ela não tem nada a ver com a relação homem-mulher dos pais.

Como na maioria dos casos de separação, a guarda dos filhos fica com a mãe, o pai não deve sumir (ele separou-se da esposa e não deles), mantendo uma rotina de encontros (estabelecida pelo ex-casal ou juiz) e obrigando-se a cumpri-la. A pior situação para uma criança é ficar sentadinha, pronta, esperando por um pai que não aparece, ou que aparece dias depois com uma desculpa esfarrapada. Importantíssimo : por mais que os adultos recomponham sua vida, não podem esquecer que seu filho (a) faz parte dela e que devem ter tempo em suas agendas para ele (a). O mesmo vale para situação inversa, quando a guarda é do pai. Filhos precisam sentir-se queridos, independente de quantas casas tenham.

É importante também, que a imagem dos pais seja preservada, pois continuarão a ser o modelo de comportamento, por isso nada de falar mal do outro, nem bagunçar a vida das crianças, mesmo que estejam em litígio. Isso não ajudará nas negociações do divorcio e aumentará a angustia delas, que terão que conviver com o dualismo entre o amor e ódio que os rodeiam no momento.

Muitas mães abrem mão da sua felicidade em prol dos filhos “traumatizados”, mas segundo especialistas, a recomposição da família em conseqüência de um segundo casamento pode ser benéfica já que traz uma nova reconfiguração familiar. Porém padrasto e madrasta não devem interferir em decisões exclusivamente parentais como assuntos escolares e médicos. Este tipo de interferência é muito comum, afinal trata-se de um assunto pessoal do cônjuge. Cuidado ! Por mais amor que um padrasto ou madrasta possa ter pelos filhos de sua parceira ou parceiro; quando a criança tem pai e mãe vivos a responsabilidade é deles. Cabe aos primeiros auxiliarem na educação e modelo de comportamento, principalmente porque os sentimentos da criança são ambíguos em relação a eles. Ao mesmo tempo em que sente afeição, acredita estar “traindo” seu pai /mãe por estar substituindo alguns momentos felizes que poderia estar passando junto com ele (a).

Não é fácil separar-se quando existem outras vidas envolvidas, e por isso, muitos casais mantêm-se juntos mesmo desejando secretamente estarem separados. Apesar do turbilhão de sentimentos conflitantes que aparecem com uma separação é preciso entender que as crianças precisam de serenidade e atenção para superarem esta etapa de suas vidas e seguirem com suas conquistas de forma saudável e equilibrada.

Referências :
Mil dicas para entender seus filhos de 0 a 7 anos -Harry Ifergan e Rica Etienne

Manual de mães e pais separados - guia para a educação e a felicidade dos filhos - Marcos Wettreich



Bjs e boa sorte

Vivian Braunstein