COMENTÁRIOS

Queridas mãe,

É sempre um prazer receber e compartilhar seus comentários à respeito dos post x suas experiências e dúvidas, todos sempre são publicados com muito orgulho, mas peço um enorme favor : NÃO MENCIONEM MEDICAÇÕES em seus comentários pois não poderei publicar. Não somos médicas e sim mães. Somente um médico pode receitar medicamentos e às vezes um remédio que é excelente para uma criança não faz efeito em outra podendo causar mais danos do que melhora.
Sei que posso contar com a compreensão e ajuda de vocês.

Obrigada por acreditarem nas minhas palavras e por compartilha-las.

Bj

Vivian Braunstein

PARA REFLETIR

Uma vez Fernanda Montenegro respondeu à Marília Gabriela que ser mãe é não dormir nunca mais. Concordo e acrescento: ser mãe é não parar de se preocupar nunca mais. Toda mãe é um pouco médica para cuidar, um pouco engenheira para construir com Lego, um pouco escritora para inventar histórias na hora de dormir, um pouco professora na hora de ensinar e muito mãe na hora de amar.







domingo, 20 de setembro de 2009

Palavrões, escatologias e outros bichos


Dos dois aos 4 anos a criança aprende a controlar as funções fisiológicas o que é um passo muito importante na conquista da autonomia. Ao final deste ciclo ela começa a descobrir o próprio corpo e a explorar os sons que ele emite. É quando surge a fascinação por arrotos e puns bem como pelas palavras “bunda” e “pinto”.

Alguns psicólogos sugerem que a criança sente prazer ao dizer estas palavras e a ter estas atitudes, enquanto outros afirmam que esta é uma forma de desafiar aos pais. Talvez sejam os dois.

É nesta fase também, que a criança começa a falar palavrões, como forma de chamar a atenção e para expressar seus sentimentos. Ela aprende por imitação e apesar de não saber o que a maioria significa repete por compreender o “significado emocional” das palavras e as reações que provoca, ou seja, ela entende o “conceito” do palavrão mesmo sem saber o que é.

Durante a primeira infância, as influências mais fortes são a dos pais ou responsáveis. Ao ingressar na pré-escola repete as atitudes dos amigos como forma de ingressar nos grupos sociais. A repetição surge a partir dos responsáveis e/ou dos amigos.

Segundo o livro Mil dicas para entender seu filho de 0 a 7 anos, quanto maior a necessidade de sentir-se “limpo”, ou seja ter o controle fisiológico, maior a sujeira do vocabulário da criança, sendo esta máxima uma necessidade ao desenvolvimento infantil. Os autores colocam ainda, que todo este processo acontece no jogo do simbolismo. Como faz parte do crescimento, resta aos pais orientarem a criança aonde podem ou não se expressar.

Quando meu filho começou a falar alguns palavrões, procurei explicar o significado de forma que ele entendesse (sem conotações sexuais complexas) e pedi que não falasse. Realmente, na frente dos outros ele mantém o controle, mas em casa a história é outra. Tudo bem, desde que só em casa.

A maioria dos psicólogos não recomenda a proibição. Nesta idade a criança sente-se dividida entre agradar aos pais e contrariá-los em benefício de sua autonomia; por isso uma proibição confundirá ainda mais sua cabecinha e provavelmente a necessidade de autonomia e oposição aos pais vencerá. E a situação se inverterá : ao invés de falar escatologias em casa e se comportar na rua ele será um “santo” em casa e um “desbocado” na rua.

Apesar de terem motivos diferentes as atitudes nojentas e os palavrões são comuns às crianças pequenas e não significam que os pais não lhes dão educação. A psicologia moderna sugere sempre que os pais estejam ao lado dos filhos e conversem com eles orientando e ajudando a resolver os conflitos do desenvolvimento.

A nós pais, só resta a pergunta: Quando eles irão parar de nos desafiar ?

Deixo a dica de dois livros aonde encontrei as informações para este post. Pareceram interessantes, mas não li nenhum dos dois inteiros, somente os capítulos referentes a este assunto.

Mil dicas para entender seu filho de 0 a 7 anos - Harry Ifergan e Rica Etienne. Ed. Jorge Zahar, 2001.

Aprenda a ler seu filho – Lynn Weiss. Coleção Pais e Filhos, 2002.

Bjs e boa semana.

Vivian Braunstein

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