COMENTÁRIOS

Queridas mãe,

É sempre um prazer receber e compartilhar seus comentários à respeito dos post x suas experiências e dúvidas, todos sempre são publicados com muito orgulho, mas peço um enorme favor : NÃO MENCIONEM MEDICAÇÕES em seus comentários pois não poderei publicar. Não somos médicas e sim mães. Somente um médico pode receitar medicamentos e às vezes um remédio que é excelente para uma criança não faz efeito em outra podendo causar mais danos do que melhora.
Sei que posso contar com a compreensão e ajuda de vocês.

Obrigada por acreditarem nas minhas palavras e por compartilha-las.

Bj

Vivian Braunstein

PARA REFLETIR

Uma vez Fernanda Montenegro respondeu à Marília Gabriela que ser mãe é não dormir nunca mais. Concordo e acrescento: ser mãe é não parar de se preocupar nunca mais. Toda mãe é um pouco médica para cuidar, um pouco engenheira para construir com Lego, um pouco escritora para inventar histórias na hora de dormir, um pouco professora na hora de ensinar e muito mãe na hora de amar.







quinta-feira, 5 de março de 2009

Problemas de respiração e fala



Esta semana vou falar de um assunto sério que às vezes não é percebido pelos pais. Com a ajuda da *Dra. Andréa Fermoselle Pires Silva, minha cunhada fonoaudióloga, agrupei alguns textos dela relatando os problemas de fala e respiração mais comuns na infância.

CHUPETA

Se alguém disser que não tentou dar para seu bebê é mentira. A maioria dos pais tenta fazer com que seus filhos peguem a chupeta quando bebês porque é um calmante natural que faz com que se sintam reconfortados e gratificados pela sucção (acham que sai leite de tudo que levam à boca). “Portanto, chupar é importante não só para a sobrevivência física do bebê como também favorece o desenvolvimento da sua formação psíquica e afetiva.” O problema surge por volta dos 3 anos, quando a criança não quer largar a chupeta espontaneamente. Segundo a Dra. Andréa existem algumas dicas para que seu filho / filha largue a chupeta, como ir limitando aos poucos o uso “só para dormir”, ou deixa-la “dormindo” guardada num lugar especial como uma gaveta ou caixa e tentar fazer com que ele / ela “troque” o chupar chupeta por alguma atividade “de gente grande”. A retirada da chupeta é de extrema importância após os 3 anos para evitar problemas dentários e do céu da boca.
Minha outra cunhada, que não é fono, mas mãe de 2 pequenos usou o recurso da Fada (pode ser o Papai Noel ou o Coelinho da Páscoa, mas eles só vem em datas específicas). Fez meu sobrinho pendurar a chupeta no terraço que a fada trocaria por um brinquedo. Ele quase destrocou, mas no fim a mãe foi firme e deu certo.
Espero que vocês tenham mais sorte do que eu, pois nem coisa de gente grande, nem fada, meu pequeno quer mesmo é a “pêpê”.

DISFLUÊNCIA FISIOLÓGICA

Não precisam se assustar com o termo. A disfluência fisiológica ou infantil é a popular gagueira, que acontece por volta dos 3 anos. “A gagueira é um quadro muito mais complexo: além das repetições, ocorrem os bloqueios, que são aquelas interrupções da fala, e estes são mais intensos e incomodam muito mais – falantes e ouvintes – do que as repetições. Para completar o quadro, há os sintomas de ordem afetivo-emocional: medo de falar, fuga de situações de comunicação, tiques. Os sintomas emocionais aumentam a tensão do gago e intensificam as repetições e bloqueios.” A Dra. Andréa recomenda uma visita ao fonoaudiólogo para o diagnóstico e eventual tratamento além de muita paciência para não piorar o problema de seu filho / filha. Sua sugestão para minimizar eventuais constrangimentos é não tratar a gagueira como doença e deixar a criança terminar a palavra/ frase sozinha.

DISFONIA INFANTIL

Outro termo difícil para mais um problema conhecido: A rouquidão. A voz é produzida através da vibração causada pela passagem de ar pelas pregas vocais (garganta) e pela ressonância desse som na boca. Quando há alguma falha neste processo aparece à rouquidão. A Dra. Andréa também dá dicas para minimizar este problema como falar baixo, devagar e sem esforço; evitar falar em lugares muito barulhentos; evitar imitações de animais e personagens que exijam esforços; tomar muito líquido; evitar líquidos muito gelados com o corpo quente e evitar ambientes poluídos.

DISLALIA

Mais um termo difícil para uma velha conhecida, a má articulação das palavras através da troca de sílabas e /ou fonemas. É comum crianças pequenas falarem um pouco errado quando começam a pronunciar as primeiras palavras, mas depois é preciso ficar atento à origem da dislalia para não prejudicar a alfabetização. É importante procurar a orientação de uma fono e um otorrino para fazer exames e detectar se a criança ouve direito, pois pode ser um problema de fala ou de audição. O otorrino do meu filho já me alertou sobre problemas auditivos na fase pré-escolar que podem desencadear a “Síndrome de deficiência auditiva”, aonde a criança simplesmente não responde ao estimulo sonoro. É literalmente o “falar com a parede”. Otites de repetição podem colaborar para o quadro.

RESPIRAÇÃO ORAL

Vai parecer obvio o que vou dizer, mas muitas vezes isto não acontece na vida real: A respiração deve ocorrer pelo nariz!!!!!!! Muitas crianças respiram pela boca devido às obstruções nasais. Este fenômeno acarreta em alterações na face e na arcada dentária, no aparecimento de olheiras, as abas nasais ficam hiperventiladas, surge o mau hálito, o sono fica agitado com presença de baba e ronco, a criança fica sonolenta, tem dificuldade de aprendizado, baixo rendimento físico, falta de apetite e postura incorreta. A respiração oral afeta a musculatura do rosto e impede o fechamento dos lábios. É um problema sério que deve ser tratado em conjunto pelo pediatra, otorrino, fono, alergista, dentista e fisioterapeuta.


Nos primeiros anos de escola é muito comum aparecerem os resfriados, já que a imunidade das crianças ainda é muito baixa e as atividades físicas super estimuladas. Por isso é importante, volto a insistir, fazer lavagem do nariz para limpar a secreção. Isso evita além do entupimento nasal, a passagem da secreção para o ouvido. Mesmo não causando otite, a secreção diminui a atenção auditiva, podendo transformar seu filho/ filha em futuro aluno/ aluna disperso/ dispersa e com problemas de aprendizagem.
Segue novamente a receita: Aplicar 10ml de soro fisiológico a temperatura ambiente em cada narina (o frasco pode ficar fora da geladeira por uma semana, depois deve ser descartado). Eu uso uma seringa de antibiótico (tenho uma coleção delas). Seu filho / filha vai gritar, espernear, vomitar, parecer afogar (mas não se afoga) e por para fora uma massa espessa de catarro, mas posso garantir que há 6 meses, desde que comecei a fazer, meu pequeno não fica mais doente. A saúde deles agradece e nosso bolso também.

Fiquem em paz.

Vivian Braunstein

*Dra. Andréa Fermoselle Pires Silva – Fonoaudióloga especialista em motricidade oral – CRF 7691 – deiafermo@bol.com.br


3 comentários:

  1. Oi Vi, hj coloquei seu bolg em dia!! Rs...
    Parabéns pelas dicas, pelos textos etc...
    Está mesmo show de bola!!
    Bjkas

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  2. Vivian,muito bom hein,obrigada
    bjs
    Shirley

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  3. eu tenho uma filha ela tenhe problema auditivo as vezes eu pergunto coisa ou coverso com ela e ela não entede o que eu falo. e fala o que e isso

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