COMENTÁRIOS

Queridas mãe,

É sempre um prazer receber e compartilhar seus comentários à respeito dos post x suas experiências e dúvidas, todos sempre são publicados com muito orgulho, mas peço um enorme favor : NÃO MENCIONEM MEDICAÇÕES em seus comentários pois não poderei publicar. Não somos médicas e sim mães. Somente um médico pode receitar medicamentos e às vezes um remédio que é excelente para uma criança não faz efeito em outra podendo causar mais danos do que melhora.
Sei que posso contar com a compreensão e ajuda de vocês.

Obrigada por acreditarem nas minhas palavras e por compartilha-las.

Bj

Vivian Braunstein

PARA REFLETIR

Uma vez Fernanda Montenegro respondeu à Marília Gabriela que ser mãe é não dormir nunca mais. Concordo e acrescento: ser mãe é não parar de se preocupar nunca mais. Toda mãe é um pouco médica para cuidar, um pouco engenheira para construir com Lego, um pouco escritora para inventar histórias na hora de dormir, um pouco professora na hora de ensinar e muito mãe na hora de amar.







domingo, 5 de julho de 2009

Retenção escolar antes do primeiro ano


Ao procurar uma nova escola para meu filho esta semana me deparei com uma informação que desconhecia. CRIANÇAS COM 6 ANOS COMPLETADOS À PARTIR DE 01 DE JULHO FICARÃO RETIDAS NO ÚLTIMO ANO DA EDUCAÇÃO INFANTIL, pois o ingresso ao primeiro ano só será permitido a quem completar 6 anos até 30 de junho.

Obtive esta informação em 4 escolas de primeira linha na cidade de São Paulo, com a justificativa de que era uma nova lei e as escolas tem até 2010 para se adequar. Como meu filho cairá nesta “malha fina” e não sou uma pessoa que se conforma muito com retrocessos, a não ser que muito bem justificados, fui investigar.

Encontrei as leis 9394/1996; 11.114/2005 e 11.274/2006 sobre educação, que regulamentam as novas diretrizes escolares e que aumentam o ensino fundamental (6 a 14 anos) de 8 para 9 anos. Mas não encontrei nenhuma referência ao semestre de nascimento da criança. O que achei foram vários sites e blogs que analisam as leis e que deixam claro que seu intuito é aumentar a permanência escolar sem causar rupturas ou traumas ao processo de aquisição do aprendizado. Também fica claro nesta discussão que não se trata de “baixar” o ingresso à antiga primeira série, onde se dava o início da alfabetização e sim criar uma ponte entre a pré-escola e o ensino fundamental.

É claro que esta medida foi tomada para dar um pouco mais de condições às crianças que freqüentam a escola pública, pois se não é obrigatório, muitos pais não matriculam seus filhos. Infelizmente esta é a realidade do nosso país, onde a população carente nem sempre tem compreensão da importância do ingresso dos filhos na escola.

A idéia é super válida, mas as escolas particulares parecem ter definido algumas regras que sinceramente não encontrei. Aliás estão completamente em oposição ao pretendido pelo MEC, que mostrou intenção em fazer a criança se interessar pela escola e não o contrário.

Se ela tem maturidade suficiente para seguir porque ficar retida? De onde saiu esta data de 30 de junho como limite? Se alguém souber favor me avisar, pois realmente não encontrei.

O que achei foi um power point com as explicações do MEC e o blog de um assessor jurídico de Recife afirmando que se a criança tiver 6 anos incompletos, mas maturidade suficiente, deve ir para o segundo ano, sem cursar obrigatoriamente o primeiro. Conheço pais de alunos de escola pública que conseguiram isso.

Outro “gato” que está acontecendo na prática é que as escolas estão afabetizando no primeiro ano, ao contrário do sugerido pelo MEC. O que pareceu é que a lei oficializou o antigo pré-primário, mas as escolas “puxaram” um ano. O que isso reflete na prática?
Muitas crianças ainda não estão aptas a serem alfabetizadas com 6 anos (independente de serem do primeiro ou segundo semestre) e a experiência do primeiro ano vira uma angustia para elas, para os pais e para a própria escola.

Meu conselho a todos que tem filhos entre 4 e 5 anos com aniversário no segundo semestre é que conversem com a coordenação pedagógica da escola aonde seu filho estuda e verifique como a lei está “afetando” a escola. Algumas já estão separando as turmas no último ano para evitar rupturas bruscas.

Por mais que a escola “jure de pé junto” que a criança se adapta bem, nem sempre isto é uma realidade. Até os 7 anos ela está formando seus conceitos e sua personalidade e consegue absorver um ou dois atributos por vez. É mais ou menos como se sua compreensão fosse em 2D enquanto a de uma adulto é em 3D. Por isso é muito importante a parceria pais-escola na definição de qual a melhor solução individual, a fim de preservar o bom desenvolvimento da criança para que este fato não se torne um problema mais para frente.



2 comentários:

  1. Meu nome é Claudia Marques moro no RS sou profª de História no litoral,tenho uma filha linda que se chama Isadora e que está começando no primeiro ano,ela faz sete anos em maio de 2011,gostaria que ela já estivesse cursando o segundo ano.Porém aconteceu tal qual escreveste.Conversei com a cordenação pedagógica mas não adiantou,fiz vários comentários que serviram como exemplo para pais,que ficam paralizados diante de uma situação como esta.Adorei a tua postagem parabéns.

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  2. Oi Claudia, hoje, dois anos depois que escrevi esse post, resolvi deixar meu filho na escola aonde ele fez a educação infantil e ele cursa o 1º ano do Fundamental I. Depois de conversar com vários educadores descobri que as tais leis só "pegaram" nas escolas particulares, pois as escolas públicas não tem estrutura e verba para se adequarem. Ou seja, nós podemos pagar um ano a mais de escola para nossos filhos, mas os governos e municípios não. De qualquer forma, com sete anos completos em maio, sua filha deveria sim estar no segundo ano, pois a data de corte é junho (algumas escolas em SP adotam esta data independente da lei). Se a sua filha cursava uma pré escola e está pré alfabetizada, procure uma escola que a aceite no segundo ano. Segundo a cordenação da escola aonde meu filho estuda, a criança deve estar alfabetizada até o meio do segundo ano. Como disse antes, a análise de excessões (talvez o seu caso) deve ser feita individualmente. Mas se este é o primeiro ano escolar de sua filha, talvez seja melhor que ela curse o primeiro ano para "nivelar" com crianças que já frequentavam a escola. Bjs e boa sorte. Escreva contando como a Isadora está.

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