Hoje a educação dos filhos é uma das maiores preocupações dos pais. Isso porque vivemos num mundo globalizado e a busca por “um lugar ao sol” se tornou cada vez mais difícil na vida adulta. Muitas empresas fazendo a mesma coisa, muitos candidatos para cada vaga e os marketeiros de plantão “berrando aos quatro cantos” que só se sobressai quem inova.
É claro que a maioria dos pais busca o melhor para seus filhos a partir de suas próprias vivências e dificuldades, sendo muito comum ouvir frases do tipo : “Meu filho vai estudar no exterior” ou “Minha filha vai estudar na USP”, mas antes de pensar na faculdade é preciso pensar na educação infantil.
Na maioria das vezes somos mal informados quanto aos métodos de ensino e escolhemos a escola de nossos filhos usando critérios incompletos.
Já falei sobre a importância de escolher uma escola que seja compatível com as expectativas dos pais quanto à valores, tipo de disciplinamento e sociabilização. Mas acho importante pensarmos também nos métodos de ensino, porque é a partir deles que a criança tomará, ou não, gosto pelos estudos. Não existe método melhor ou pior e sim aquele que se adapta mais à personalidade da criança.
Crianças inquietas e questionadoras ficarão estimuladas pelo método construtivista, enquanto crianças metódicas e disciplinadas absorvem melhor a informação da forma tradicional.
O método tradicional foi usado durante muitos anos pela maioria das escolas onde nós (pais) estudamos e consiste na passagem da informação pelo professor para os alunos numa via de mão única. O aluno senta na classe e assiste à aula. Aprende quem tem maior capacidade de memorização e quem repassa a matéria depois. Não existe questionamento nem busca pela informação. A lição é um reforço do condicionamento dado em sala de aula.
No método construtivista o professor é um mediador entre os alunos e a informação. À partir de situações cotidianas, da natureza ou fantasiosas (história de um livro ou desenho animado) as crianças buscam informações sobre o conhecimento e tiram suas próprias conclusões (normalmente assertiva). As crianças questionadoras em busca de maior autonomia se sobressaem neste método e a lição de casa é uma pesquisa que auxilia no encontro das respostas.
Entender o método da escola é muito importante não só na hora do ingresso, mas também na hora da alfabetização. Numa escola tradicional, provavelmente seu filho sairá escrevendo primeiro (se estiver neurologicamente preparado para isso) pois irá “decorar” as sílabas, já na construtivista irá errar muito antes de aprender por si próprio como as sílabas se compõe.
Meu filho não se daria bem numa escola tradicional, por ser uma pessoa que precisa “passar por isso” para aprender, mas conheço crianças que estariam mais felizes numa situação aonde um adulto provém as informações.
Se o seu filho é como o meu, amará ir a uma escola construtivista que ensina através do questionamento, mas se é ávido por informações e não tem vontade de buscá-las deve ir a uma escola tradicional. A educação correta na primeira infância delimitará o futuro sucesso profissional do indivíduo. Este deve ser um processo natural de evolução e não uma “tortura”.
Observe seu filho, converse com ele e com a professora. Escute experiências de outras mães. Busque uma escola aonde sua criança dê o melhor de si. Quando a educação vai bem, consequentemente o resto também vai. Ouço várias mães reclamarem que seus filhos não querem ir para escola. Talvez não estejam se enquadrando no método de ensino, ficam frustrados e descontam essa frustração no meio (professores, colegas, pais).
Educar é preparar para vida, e preparar para vida envolve escolhas baseadas na percepção das características e necessidades dos filhos. (E ninguém disse que seria fácil !!!!!!!!!!)
Bjs e boa sorte.
Vivian Braunstein
Fontes:
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/dea_a.php?t=011
http://vilamulher.terra.com.br/construtivismo-metodo-que-estimula-o-senso-critico-8-1-55-218.html
SAYÃO, Rosely. Conquista que vai do berço à adolescência. Jornal Folha de São Paulo, 04 de março de 2004, caderno Folha Equilíbrio.
RAPPAPORT, Clara Regina et al. Psicologia do Desenvolvimento - Teorias do desenvolvimento. Volume 1 a 4. São Paulo : E.P.U, 1981.
Perfeito!
ResponderExcluirOlha parabéns pela visão viu!
As vezes os pais se trancam numa utopia criada por eles.
Sou estudante de Ed. Físicae penso muito em ter como base Piaget!
Se pudermo trocar figurinhas meu e-mail é ditobrasil@hotmail.com
mas uma vez parabens pelo senso critico!
Oi Danilo, obrigada pelo elogio. Não sou pedagoga, mas uma mãe tentando cometer mais acertos do que erros. Infelizmente venho numa mudança profissional que não tem me permitido escrever com a frequência que gostaria, pois os assuntos dos meus post são muito pesquisados antes de serem escritos. Se tiver assuntos interessantes por favor me envie vivianbraunstein@ig.com.br, que procurarei um tempo para escrever. Gosto muito das mudanças na área de educação física em relação à época que frequentei a escola. O professor de movimento do meu filho, mestre de capoeira, ensina partes do corpo e como se relacionar com elas, respeito ao colega, espírito de equipe, brincadeiras e músicas folclóricas, enfim é um profissional bem mais completo do que os "trinadores" de antigamente. E as crianças o adoram. Bjs Vivian
ResponderExcluirOla! Estou passando por essa indecisão da escola tradicional ou construtivista. Meu pequeno têm apenas 4 anos e estava em uma escola tradicional. Estamos de mudança p outra cidade, de grande p pequena e la tivemos poucas opções de escolas boas e a que melhor agradou num conjunto foi uma construtivista, que nao sabemos bem como é, ainda estamos entendendo. E li tanto, e ate entendi na teoria, mas me preocupa na prática como isso funciona, ja que se cada criança constrói seu próprio aprendizado a partir das suas percepções, como fazer todos entenderem o que eh realmente o certo? Me preocupo! Meu filho é ativo, gosta de aprender as coisas sozinhas e do jeito dele, porem, eh disperso e tem que ficar em cima. Será quê ele se adaptaria? Seu filho tem qnts anos? Ele sempre estudou nesse método?
ResponderExcluirTenho três filhos; 4, 7 e 8 anos; que estudam em escola tradicional. Não estou satisfeita com os resultados. Parece que a escola é uma tortura. Percebo-os desestimulados. Acredito que seja a hora de rever o método. Podemos mudar de método? Ou a criança tem que permanecer sempre no método em que foi alfabetizada?
ResponderExcluirSerá que é tarde?