Foto : Divulgação Dysney - Procurando Nemo
O que nós, pais de pré escolares, temos a ver com isso ? Tudo. O problema começa na educação da primeira infância.
Por um lado pais superprotetores preocupados com a violência e com a falta de tempo para se dedicarem aos filhos procuram compensar as frustrações da criança fazendo tudo por ela. Por outro lado, as dificuldades do ambiente profissional direcionou os pais a planejarem a carreira de seus filhos desde a hora que nascem.
Traduzindo : criança de classe média não tem mais tempo para brincar ou ficar sem fazer nada, vai à escola (de preferência bilíngue), faz judô, balé, inglês, natação, vai na casa dos amigos que os pais escolhem e aos finais de semana vai à festas em bufês ou a mini Playcenters em Shoppings aonde brinca praticamente sozinha. Mas nunca sem a supervisão de um adulto. E ai da escola ou local de recreação que não tenha monitores suficientes para cuidarem das crianças. Também conheço vários pais que já decidiram a profissão dos filhos, inclusive a faculdade. Se não for de primeira linha, não vão ganhar carro !!!!!!!!!!!!! E se não forem médicos, advogados ou engenheiros e decidirem ser jogadores de futebol, modelos, cabeleireiras, chef de cozinha ? Não terão mais o amor dos pais ?
Cuidado, o "tiro pode sair pela culatra" e ai invés de adultos profissionalmente bem preparados teremos uma geração de pessoas temerosas e sem criatividade para solucionar problemas e inovar. A jornalista americana Hara Estroff Marano já alertou sobre uma geração de fracos que assumirá os EUA no futuro em seu livro "A Nation of Wimps: The High Cost of Invasive Parenting" (Uma Nação de Fracos: O Alto Custo da Paternidade Invasiva), infelizmente sem versão nacional.
Ao planejarmos a vida de nossos filhos como se fosse uma empresa (de preferência com ISO 9001) deixamos de orientar para direcionar sua vida e personalidade. Aprendemos com nossos erros, logo quem não erra não aprende. Vivência está baseada em experiências, por isso é preciso deixar as crianças experimentarem a vida.
Nós já vivemos nossa infância. Erramos, acertamos e nos arrependimos. Não devemos jogar nossas frustrações em cima de nossos filhos. Temos a obrigação de alertar, explicar, dar noções, mas eles é quem precisam decidir mesmo que errado. Também não devemos criticar seus erros e sim ajudá-los a aprenderem suas lições. Por isso, nada de brigar com a escola se a professora não dedica 100% do tempo a seu filho. Ele precisa aprender a sociabilizar, dividir a atenção e respeitar os outros.
Talvez assim nossos filhos não se transformem em adolescentes reclusos, sem autonomia, com medo das pessoas e das situações cotidianas, que vivem mais num mundo virtual (seguro e fantasioso) do que no mundo real, com ódio dos pais e rejeitando tudo aquilo que nos esforçamos tanto para fazer por eles.
Bjs e boa sorte
Vivian Braunstein
Fonte : http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1592
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/filho_unico.htm
http://www.lampel.com.br/CuidadoFragil.pdf
Tenho escutado reclamações de várias mães de pré-adolescentes sobre a apatia, falta de vontade e depressão de seus filhos. Fato corriqueiro nas novas gerações, lota consultórios de psicólogos e angustia pais que não sabem mais o que fazer para tirar seus filhos desta situação, e aí é que está o problema : de tanto planejar e tentar resolver os problemas dos filhos, os pais não os deixam aprender a lidar com as situações cotidianas, sufocando sua espontaneidade e moldando sua personalidade de forma opressiva.
O que nós, pais de pré escolares, temos a ver com isso ? Tudo. O problema começa na educação da primeira infância.
Por um lado pais superprotetores preocupados com a violência e com a falta de tempo para se dedicarem aos filhos procuram compensar as frustrações da criança fazendo tudo por ela. Por outro lado, as dificuldades do ambiente profissional direcionou os pais a planejarem a carreira de seus filhos desde a hora que nascem.
Traduzindo : criança de classe média não tem mais tempo para brincar ou ficar sem fazer nada, vai à escola (de preferência bilíngue), faz judô, balé, inglês, natação, vai na casa dos amigos que os pais escolhem e aos finais de semana vai à festas em bufês ou a mini Playcenters em Shoppings aonde brinca praticamente sozinha. Mas nunca sem a supervisão de um adulto. E ai da escola ou local de recreação que não tenha monitores suficientes para cuidarem das crianças. Também conheço vários pais que já decidiram a profissão dos filhos, inclusive a faculdade. Se não for de primeira linha, não vão ganhar carro !!!!!!!!!!!!! E se não forem médicos, advogados ou engenheiros e decidirem ser jogadores de futebol, modelos, cabeleireiras, chef de cozinha ? Não terão mais o amor dos pais ?
Cuidado, o "tiro pode sair pela culatra" e ai invés de adultos profissionalmente bem preparados teremos uma geração de pessoas temerosas e sem criatividade para solucionar problemas e inovar. A jornalista americana Hara Estroff Marano já alertou sobre uma geração de fracos que assumirá os EUA no futuro em seu livro "A Nation of Wimps: The High Cost of Invasive Parenting" (Uma Nação de Fracos: O Alto Custo da Paternidade Invasiva), infelizmente sem versão nacional.
Ao planejarmos a vida de nossos filhos como se fosse uma empresa (de preferência com ISO 9001) deixamos de orientar para direcionar sua vida e personalidade. Aprendemos com nossos erros, logo quem não erra não aprende. Vivência está baseada em experiências, por isso é preciso deixar as crianças experimentarem a vida.
Nós já vivemos nossa infância. Erramos, acertamos e nos arrependimos. Não devemos jogar nossas frustrações em cima de nossos filhos. Temos a obrigação de alertar, explicar, dar noções, mas eles é quem precisam decidir mesmo que errado. Também não devemos criticar seus erros e sim ajudá-los a aprenderem suas lições. Por isso, nada de brigar com a escola se a professora não dedica 100% do tempo a seu filho. Ele precisa aprender a sociabilizar, dividir a atenção e respeitar os outros.
Talvez assim nossos filhos não se transformem em adolescentes reclusos, sem autonomia, com medo das pessoas e das situações cotidianas, que vivem mais num mundo virtual (seguro e fantasioso) do que no mundo real, com ódio dos pais e rejeitando tudo aquilo que nos esforçamos tanto para fazer por eles.
Bjs e boa sorte
Vivian Braunstein
Fonte : http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1592
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/filho_unico.htm
http://www.lampel.com.br/CuidadoFragil.pdf