COMENTÁRIOS

Queridas mãe,

É sempre um prazer receber e compartilhar seus comentários à respeito dos post x suas experiências e dúvidas, todos sempre são publicados com muito orgulho, mas peço um enorme favor : NÃO MENCIONEM MEDICAÇÕES em seus comentários pois não poderei publicar. Não somos médicas e sim mães. Somente um médico pode receitar medicamentos e às vezes um remédio que é excelente para uma criança não faz efeito em outra podendo causar mais danos do que melhora.
Sei que posso contar com a compreensão e ajuda de vocês.

Obrigada por acreditarem nas minhas palavras e por compartilha-las.

Bj

Vivian Braunstein

PARA REFLETIR

Uma vez Fernanda Montenegro respondeu à Marília Gabriela que ser mãe é não dormir nunca mais. Concordo e acrescento: ser mãe é não parar de se preocupar nunca mais. Toda mãe é um pouco médica para cuidar, um pouco engenheira para construir com Lego, um pouco escritora para inventar histórias na hora de dormir, um pouco professora na hora de ensinar e muito mãe na hora de amar.







quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Criança não é mini adulto !

Foto: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/foto/0,,6550098,00.jpg

Assistindo ao Fantástico no domingo 21/02/10 (http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1499459-15605,00.html) me deparei com uma matéria sobre meninas de 7-8 anos que usam maquiagem, unhas pintadas e salto alto. Isso me fez refletir em como os pais estão estimulando os filhos a se comportarem como mini adultos e em como isso pode ser prejudicial física e emocionalmente à criança.

No primeiro caso, cosméticos desenvolvidos para adultos podem causar alergia em crianças e salto alto pode trazer problemas de coluna em longo prazo ( OBS – amo salto alto, uso de segunda a sexta, mas só comecei a usar com 15 anos), já no segundo caso distorce os valores e antecipa problemas.

Mas o que pintar as unhas aos 7 anos pode trazer de problemas emocionais na adolescência ?
Porque agindo assim, temos crianças super estimuladas, pulando etapas e passando de engraçadinhas à chatinhas, pois aos 6-7 tudo é bonitinho, mas aos 12, comportamento de 18 não é legal.

Segundo Eliane Karsaklian, estudante do comportamento do consumidor, a criança apresenta comportamento de consumo que seus pais só tiveram 4 anos mais tarde, mas esta constatação pode ser estendida ao comportamento geral, por isso é comum ver crianças de 12 anos comportando-se como jovens de 16-18 anos. É o que os psicólogos chamam de achatamento da infância.

Hoje, por uma questão de aproximação e comparação, os pais tendem a tratar os filhos como mini adultos para terem “coisas em comum”. A mãe vai ao cabeleireiro no sábado com a filha de 7 anos e ambas fazem as unhas; o pai leva o filho de 6 à oficina e ensina tudo sobre mecânica. Onde foi parar o jogar bola e o brincar de casinha ?

Ver crianças de 12 anos falando de bebida, sexo, bulemia e homossexualismo como se fossem adultos, mostra as conseqüências desastrosas das “mini peruas” e “mini experts em mecânica”, pois nesta idade a criança ainda não tem maturidade para entender e assumir os desdobramentos destes atos e acaba se perdendo.

Por outro lado existem pais que sufocam o amadurecimento dos filhos. A criança que aos 6 ainda fica grudada na perna da mãe em eventos sociais ao invés de correr e brincar com outras crianças, aos 12 será destoante do grupo; aí a mãe irá infernizar-la para que cresça de uma hora para outra e seja descolada.

Os filhos são um reflexo do nosso comportamento com eles e com a sociedade. Somos o primeiro modelo a ser copiado, por isso é preciso coerência e discernimento para não gerar problemas futuros.

Bjs e boa sorte

Vivian Braunstein

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Inclusão escolar e redes sociais

Imagem : http://discutindosobreinclusao.pbworks.com/f/1214860493/82ab.jpg.gif


“A educação inclusiva é uma força renovadora na escola, ela amplia a participação dos estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma ampla reestruturação da cultura, da nossa práxis e das políticas vigentes na escola. É a reconstrução do ensino regular que, embasada neste novo paradigma educacional, respeita a diversidade de forma humanística, democrática e percebe o sujeito aprendente a partir de sua singularidade, tendo como objetivo principal, contribuir de forma que promova a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal para que cada um se construa como um ser global” Elisete Camargo Zimmermann. Disponível em :
www.webartigos.com/articles/5190/1/Inclusao-Escolar/pagina1.html

Mesmo sendo lei desde 1996, só agora a inclusão de crianças com deficiência na rede de ensino vem ganhando corpo. Esta ação vai além do direito e se mostra muito rica e construtiva num mundo sem fronteiras. Via de mão dupla, inclui pessoas com competências e potencialidades a serem exploradas num grupo social e auxiliam as crianças a enxergarem as diferenças como uma coisa normal. O fato de existir um cadeirante na turma do seu filho da mesma forma como existem crianças que não usam cadeira de rodas, ajuda a construir uma imagem positiva das diferenças. Sem contar no benefício para as crianças inclusas, que em grupos conseguem desenvolver-se melhor.

Sempre ressalto a importância de passarmos valores aos nossos filhos e este é mais um valor que a escola traz num momento oportuno, já que vivemos num mundo aonde não é mais possível ter o controle total com quem nossos filhos se relacionam.

Conheço mães que escolhem as amizades de seus filhos usando os mais diversos critérios (eu uso os valores familiares), mas a partir do momento que eles aprendem a usar as redes sociais isso vai por água abaixo.

Como fazer então para não controlar demais a criança e também não deixar as coisas “correrem soltas” ? Valores bem estruturados na primeira infância, até os 6 anos quando a criança está formando sua personalidade são de extrema importância, mas não são tudo. Uma criança é um HD vazio que vai se enchendo de informação ao longo da vida e nem sempre é possível controlar a qualidade da informação.

A educação humanista, baseada em valores e respeito à diversidade vai auxiliar os pais nos momentos mais difíceis da passagem para adolescência.

A vida é dinâmica e o corpo frágil. Assim, todos nós estamos sujeitos às adversidades, por isso pense bem antes de excluir alguma criança para a próxima festinha de seu filho.

Bjs e boa sorte.

Vivian Braunstein

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Reflexões sobre a escola

Foto: http://www.discoverykidsbrasil.com/personagens/princesas_do_mar/galeria/2.shtml

Todo começo de ano escuto mães elogiando, reclamando e se questionando sobre a escola dos filhos. Talvez o problema não seja a escola em si e sim a incompatibilidade das expectativas dos pais com ela.

Para escolher a escola ideal para seu filho é preciso ter muito claro alguns pontos. Não existe unanimidade. Uma determinada escola pode ser excelente para uma criança e péssima para outra. Faça uma lista objetiva do que você espera. É importante ter bem claro a relação de expectativas x produto oferecido.
Se vocês são pais que buscam bons relacionamentos, por exemplo, saibam que precisarão investir mais do que o valor da mensalidade. Para ser aceita no grupo, a criança precisa compartilhar gostos e ações comuns. Não se faz relacionamento de segunda a sexta por ½ período. Seu filho terá de ir a festas (presente), cinema, lanchonete, clube, etc... Isso sem contar as roupas e acessórios que são moda no grupo.

Outros pais buscam o preparo para ingresso em boas faculdades de cursos tradicionais como medicina, engenharia e direito. Estes pais se frustram quando a escola segue uma metodologia diferente da tradicional que é baseada no aprendizado por repetição (a famosa “decoreba” – repete, repete até entrar por osmose). Nada contra este método, muito pelo contrário, a maioria dos adultos com mais de 40 anos estudou assim e temos inúmeros profissionais bem sucedidos no mercado, mas existem outros que estimulam o aluno a pensar e desenvolvem a curiosidade que leva à pesquisa (Como isso acontece, porquê acontece, de onde vem).

Por isso é importante conhecer a escola antes de matricular seu filho. Quando visitei a do meu, fiquei encantada com o discurso da orientadora sobre um projeto aonde as crianças do infantil pesquisavam sobre idade média, reis e castelos a partir de um conto de fadas.

Por outro lado conheço mães que não se sentem confortáveis com este tipo de didática por acreditarem que não estimula seus filhos o suficiente nas áreas que acreditam ser vitais nos estudos. Para elas recomendo a escola tradicional. Porém é preciso ter cuidado para não criar conflito entre as expectativas dos pais e a personalidade dos filhos. Não adianta querer que uma criança extremamente curiosa e aventureira passe as tardes estudando os pintores renascentistas. Provavelmente ela não será uma boa aluna. Não por incapacidade, mas por incompatibilidade. Ela achará tudo chato e se desinteressará pelos estudos, ao passo que, se estivesse numa escola que trabalha o aprendizado por competências, talvez reproduzisse as pinturas renascentistas na aula de artes, e se desenvolveria melhor.

Sempre disse que se a criança não tem problemas físicos ou neurológicos que prejudiquem a aprendizagem, não existe mau aluno e sim aula mal dada ou inadequada ao seu perfil.

Existem inúmeras razões para colocarmos nossos filhos numa escola e não em outra (proximidade de casa, grupos sociais, nome da escola, valor da mensalidade, indicação de amigos ou da mídia), mas que dentro destes critérios entre também o estilo da criança. A escola e o estudar precisam ser encarados pelos pais como o preparo para a vida adulta da criança em todos os aspectos e por isso deve ser uma experiência agradável, afinal ela passará no mínimo 13 anos de sua vida lá.

Reflitam bem e boa sorte.

Vivian Braunstein